domingo, 17 de janeiro de 2021

Caminho

 Reviravolta 

Tornar-me de novo o que sou

Ser de novo o meu escolher

Os meus rabiscos

Minha letra de mão 


Dar ao mundo o que tenho 

E tomar dele o que me dá 

Real primavera 

Olhar de Vulcão 

Princesa escondida 


Coração despedido expelido

Mas vivo

Estranhamente vivo


Cuidar do que há

Do eu em mim e nos outros 

E na história 


Alinhar-me com o que escolho

Rever  , sonhar , dizer

Seguir seguindo as estrelas 

domingo, 10 de janeiro de 2021

Viver 4

 Viver é uma arte delicada

É manter uma motricidade fina

Em uma gesticulação exagerada

É ser grato por aquilo que sei ser positivo 

Mesmo  sem ainda ter sentido nas entranhas

Sou feliz, e mesmo assim desconfio

Estou no caminho e não obstante duvido 

Mas trilhar já é uma parte boa 

Disso que chamam vida

Andar é o remédio, a saída 

Dou meu amor a quem me ama

Sinto prazer em minha cama

Vou bem dizer que aceitar o percurso 

E a sua inconstância

É muito do que aprendi 

Em minhas andanças 



sábado, 18 de julho de 2020

Quem é você?

Quem é você, que não sabe o que diz?
Já dizia Noel em palpite feliz...
Saber é privilégio dos mais avançados,
espíritos longevos cuja verdade não se atesta em Terra...

Juízo proferido, é juízo dito ou pensado,
falado ou escrito.
Mas o seu, meu senhor,  não é cru nem cozido...

Fala do que não sabe,
Diz ser vero o que lhe foi dito.
Lembra do que não ocorreu,
lê, com pausas, o que jamais foi escrito.

Sua "verdade" não suporta uma brisa
Seus privilégios lhe roem o edifício
Mas veja ainda tem seus bens, suas posses,
familiares e amigos.

Não vê que somos um mesmo ser,
humanos, humildes, somos gotas de água,
que escorrem por aí, sem escolher o destino,
e evaporam, sem saber seu sentido.

Mas faça o que você quiser,
não serei eu que verei, em seus atos, seus vícios.



domingo, 28 de junho de 2020

O que posso, sigo

De quê me vale
Andar, ouvir, escutar, trabalhar?
Se tudo que posso fazer parece pouco 
Se tudo que posso ...
posso pouco... parece, sinto

Escuto,
Lentamente intuo,
Minto?
O que vocês acham disso?
Viver é um caminho reflexivo 
Andando me dou conta que estou vivo
Ouço vozes que me dizem seja, diga, faça...
Mas quê fazer, senão cuidar de mim e de ti, e de quem mais estimo?
Pessoalidade e objetivo 
Sociedade universo difundido 
Tão longínquo sentido...

Olho, no fundo de meu coração 
Sinto
Estou vivo,
Não sou lixo
Quem pudera estar em meu caminho comigo?
São vocês, meus colegas, são vocês meus amigos 
Quem mais pudera
Tolerar, escutar
Com afinco 

Sigo

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Não sei se serás

Não sei se serás homem ou mulher
Ou serás lá quem tu quiser
Não sei
Se serás vencedor ou vencido 
Se gostarás de caramelos ou de doce de figo 
Se tua melhor camisa será azul, vermelha ou amarela
Se serás tu que me levarás a descobrir da vida o sentido 
Ou se serás um assaz mistério não resolvido 
Saberemos juntos, tu e eu e tua mãe, em sua força incorporada nos tons de sua vestes
Honra te terei ao máximo 
Um amor tão investido 
Sinto sua presença suave

E me delicio !

domingo, 14 de junho de 2020

Nhoque de batata doce com aveia

Receitinha testada e aprovada

1 kg de batata doce
250 g de aveia em flocos
50 g de linhaça dourada triturada
1 colher de guee

Cozinhar as batatas em água com sal a gosto. Fazer farinha com a aveia (pode bater no liquidificador e peneirar que dá certo). Depois de cozidas as batatas, jogar  a farinha da aveia e a linhaça triturada. O guee também.
Por p/ cozinhar o nhoque, quando flutuar, pode tirar e passar um fio de água fria no nhoque para não desmanchar. Molho ao gosto do freguês!

:)

sábado, 4 de abril de 2020

Tempo do agora


Vamos lá , apagar toda a memória de nossos ancestrais 
Destruir acervos riquíssimos , humanos, orais
Destruindo pessoas 
Destruindo histórias
Destruindo-nos nesse movimento 

Vamos lá , desalojar nossos mestres
Nossos guerreiros, nossos educadores
Desonrando nossa sabedoria,
Nosso conhecimento, nossa caminhada 

Vamos lá , desmoralizar nossos defensores
Enjaular nossos protagonistas 
Nosso patrimônio, nossa segurança 

Vamos, vamos, dizem eles 
Nós que aqui vivemos não esqueceremos e seguiremos cuidando de nossos anciões 
De nossas mães, de nosso passado

Aqui não temos tempo para idiotices
Para inovações mirabolantes montadas em ilusão 
Não temos tempo
Nem nos e nem nossos ancestrais 
O seu tempo vive agora
No cantar das aves
No brilhar do sol 
Não há mais tempo para ignorância 
Não há mais tempo para futilidades, vaidades

O tempo agora é do povo desperto
Nós miramos o futuro honrando nosso passado 
E focamos nas pessoas e na paz
Venceremos ao final, tenho certeza