Minha lagrima é paz
É a seiva que escorre do galho recém cortado
Minha lágrima é doce
É o vento que sopra das montanhas numa tarde de outono
Minha casa é de água
É a ribanceira que desbarranca no rio depois de uma tarde de poesia
Minha lágrima esvai em versos de uma língua quase esquecida
Quem saberá explicá-lá?
Quem poderá escolhê-la em meio a tantas certezas sabidas
Em meio a tantas partes abandonadas?
Minha lágrima cai distante
No caldo de velhas cantigas
Ela é sua, é sua só
Quem me escuta, quem me entende
Quem se lembra