ilusão
desilusão
gangorra leva o meu coração
ilusão
desilusão
gangorra, leva também minha tristeza
ilusão
volta a cada dia
oração
coração
injeção?
abro mão
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
lembrança
é manha
lembro-me que te amo
mas esse amor ainda é seco
enquanto não se lembrarem de regar
enquanto você nao se escutar
tomara que você se ouça logo
é lindo e puro esse cantar
lembro-me que te amo
mas esse amor ainda é seco
enquanto não se lembrarem de regar
enquanto você nao se escutar
tomara que você se ouça logo
é lindo e puro esse cantar
manhãzinha de cartao
a manhã entrando
os lençóis brancos, limpos e perfumados
o silencio alardeia:
ha espaço suficiente
para você ser o que você é
para você buscar o que você sonha
as imagens dolorosas se adoçam
as afobações se acalmam
é só a manhã
não há nada
e nem ninguém
para mudar
ou interferir nisso
o amor vem
como um cachorro
abanando o rabo
e te lambe a cara
os lençóis brancos, limpos e perfumados
o silencio alardeia:
ha espaço suficiente
para você ser o que você é
para você buscar o que você sonha
as imagens dolorosas se adoçam
as afobações se acalmam
é só a manhã
não há nada
e nem ninguém
para mudar
ou interferir nisso
o amor vem
como um cachorro
abanando o rabo
e te lambe a cara
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Mantram Gayatri
Om Bhur Bhurva Suaha
Tat Savitur Varenyam Bargho
Devasya Di Mari
Di yo yonah
Prachodayat
Tat Savitur Varenyam Bargho
Devasya Di Mari
Di yo yonah
Prachodayat
segunda-feira, 21 de maio de 2012
sair explorar um pouco
sair explorar um pouco
dar uma volta
ver o que há
que indo andando assim no espaço solto
a gente retoma
o caminhar
já dei uns passos bem de mansinho
dei outros lentos
é o que há
ir observando bem o caminho
como menino
a viajar
dar uma volta
ver o que há
que indo andando assim no espaço solto
a gente retoma
o caminhar
já dei uns passos bem de mansinho
dei outros lentos
é o que há
ir observando bem o caminho
como menino
a viajar
terça-feira, 15 de maio de 2012
presente do passado
num vale ou no topo
no meio do oceano
me achei sem saber
não vi mais do que aparentava
nem era mais do que isso
colhendo as rosas podres que plantei no passado
me sinto arruinado
meio copo vazio
leite derramado
não tenho a quem culpar
pela falta de olhos
de apetite
de conexão
o que resta é seguir
andando e parando
curtindo a paisagem
vida: presente do passado
no meio do oceano
me achei sem saber
não vi mais do que aparentava
nem era mais do que isso
colhendo as rosas podres que plantei no passado
me sinto arruinado
meio copo vazio
leite derramado
não tenho a quem culpar
pela falta de olhos
de apetite
de conexão
o que resta é seguir
andando e parando
curtindo a paisagem
vida: presente do passado
domingo, 13 de maio de 2012
solitude solidão
meio copo cheio
meio vazio no balcão
meias verdades
meias palavras
dar-me inteiro:
sim ou não?
já ouvi
palavras sábias
ir aos poucos
dando a mão
discreto mistério,
a vida clama:
é ter-se a si
ou viver em vão
meio vazio no balcão
meias verdades
meias palavras
dar-me inteiro:
sim ou não?
já ouvi
palavras sábias
ir aos poucos
dando a mão
discreto mistério,
a vida clama:
é ter-se a si
ou viver em vão
sábado, 5 de maio de 2012
mestre
que bom que tenho um mestre
que bom que tenho um norte
uma luz em que me vejo
que bom que tenho um espelho
que basta me mirar um pouco
e lá me vejo nele
que bom
meu mestre não dá pronto
faz-me mexer, misturar
pôr pra assar, curtir,
relaxar
- minhas asas são de pano
mas elas servem pra voar -
obrigado minha luz
obrigado meu tudo
sem ter-te achado, teria desaparecido
em meio a tantos desconfios
e fios
agradeço a generosidade suprema que trazes
e me despeço com um beijo
até logo!
que bom que tenho um norte
uma luz em que me vejo
que bom que tenho um espelho
que basta me mirar um pouco
e lá me vejo nele
que bom
meu mestre não dá pronto
faz-me mexer, misturar
pôr pra assar, curtir,
relaxar
- minhas asas são de pano
mas elas servem pra voar -
obrigado minha luz
obrigado meu tudo
sem ter-te achado, teria desaparecido
em meio a tantos desconfios
e fios
agradeço a generosidade suprema que trazes
e me despeço com um beijo
até logo!
esses versos
esses versos são para você
que me fez feliz
que me trouxe a paz e a guerra
que me acorda de noite e não me deixa dormir
esses versos não poderiam ser para ninguém mais
do que você
que me faz morrer a cada dia
que troca minha pele de cobra a cada semana
com vidro quebrado
escrevo hoje mesmo para essa pessoa que mesmo sem saber
me tira a cada dia o dia
a cada minuto o escudo
a cada hora a escola
a cada momento o desenho
do que poderia ser o futuro
escuro, escuro, escuro, escuro
seu desenho na memória dói na face mais presente desse muro
criança nova, nova mesmo
quase ingênua
quase cruel
quase um pouco besta
quase sempre fiel
te conheço nos percalços da inconsciência
sonhando em ti, perco-me
em meus caminhos tão longínquos
é por seres dor
que me aproximo
é por não saber o que é liberdade
o futuro, eterno mistério, nos guardarias remédios?
casamentos, despedidas, cemitérios?
ruas, rodovias, aeroportos, amigos e ausências?
mas nunca mais violência
mas nunca mais feridas abertas
competição
obstáculos
mortes
que possa chegar a seu peito
o recado que mando
desse hemisfério
via carta virtual
virótica
intempérie
doa a quem doer
que passe
percebida ou pelos cantos
com a incompreensão da natureza imprevisível desse enlace
beijo fraterno
que me fez feliz
que me trouxe a paz e a guerra
que me acorda de noite e não me deixa dormir
esses versos não poderiam ser para ninguém mais
do que você
que me faz morrer a cada dia
que troca minha pele de cobra a cada semana
com vidro quebrado
escrevo hoje mesmo para essa pessoa que mesmo sem saber
me tira a cada dia o dia
a cada minuto o escudo
a cada hora a escola
a cada momento o desenho
do que poderia ser o futuro
escuro, escuro, escuro, escuro
seu desenho na memória dói na face mais presente desse muro
criança nova, nova mesmo
quase ingênua
quase cruel
quase um pouco besta
quase sempre fiel
te conheço nos percalços da inconsciência
sonhando em ti, perco-me
em meus caminhos tão longínquos
é por seres dor
que me aproximo
é por não saber o que é liberdade
o futuro, eterno mistério, nos guardarias remédios?
casamentos, despedidas, cemitérios?
ruas, rodovias, aeroportos, amigos e ausências?
mas nunca mais violência
mas nunca mais feridas abertas
competição
obstáculos
mortes
que possa chegar a seu peito
o recado que mando
desse hemisfério
via carta virtual
virótica
intempérie
doa a quem doer
que passe
percebida ou pelos cantos
com a incompreensão da natureza imprevisível desse enlace
beijo fraterno
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