Nas orelhas de Mediterrâneo
ouço vozes ecoando de bem longe
não há terra para atracar
só mudança, rumos e mar
nas belezas do mediterrâneo
sinto a proa à toa
o barco a balançar
vozes ecoam no saguão
é o chamado das belezas do mar
ouro, prata, cobre e latão
vida em ruas escorrendo pelas mãos
vinho entorna, torna o chão
roupas cheias e carroças pelas ruas
nada há em suas mãos
Dom Quixote e Carmem
em Sevilla dando as mãos
não há preço, há vazão
o sol escaldante reclama a vida
aos camponeses
europa
ibéria
mar
causas esquecidas na pressa das eras
etruscos, tartessos, bizantinos
otomanos, cristãos
judeus e muçulmanos
voltas na revolução dos tempos
hoje casa
hoje povo
assentado nas casas da tradição
em poeira e teias de aranhas lhe vemos
pátria velha de coração profundo
partido
sangrando versos
orações
e quem sabe perdão
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