quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

poesia de amor a você que ainda não tem nome 2

papel em branco
em que eu hei de desenhar
seus cabelos se emaranham em meu lápis
sei
sorrisos de vapor não constroem casas
mas enchem balões
movem loucomotivas
dão inspiração em acenos
e lenços farfalhando nas janelas
elas
tão bem com o vento
batendo em suas coxas
numa autovia de sonhos
na estrada vazia
da casa

foi pouco o que eu vi
nem lembro se é fato
antes sem nome
antes sem rosto, sem hálito
que em presença concreta
realizada
em ato

Nenhum comentário:

Postar um comentário