domingo, 16 de abril de 2017

Minha lagrima é paz
É a seiva que escorre do galho recém cortado

Minha lágrima é doce
É o vento que sopra das montanhas numa tarde de outono

Minha casa é de água
É a ribanceira que desbarranca no rio depois de uma tarde de poesia

Minha lágrima esvai em versos de uma língua quase esquecida

Quem saberá explicá-lá?
Quem poderá escolhê-la em meio a tantas certezas sabidas
Em meio a tantas partes abandonadas?

Minha lágrima cai distante
No caldo de velhas cantigas

Ela é sua, é sua só
Quem me escuta, quem me entende
Quem se lembra