sexta-feira, 19 de julho de 2019

O si (sem) dente


Em nome de qual civilização você levanta a sua bandeira?
Em nome de que? Em nome de quem?
Em que parte do seu continente, da sua fronteira,
Deixaste lá o seu coração também?

Vejo palavras que envenenam casas
Vejo armas sem livros e destruição
Vejo fios e prédios, transportes e embalagens
Não vejo mais do que isso não
Vejo gente perdida, caminhando em linhas
que levam a um lado, que não são direção

Compraste guindastes mas não tens tijolos
seus automotores potentíssimos se esgotam em vão
na fila interminável de um supermercado
um dia, esperamos, que seque, de velha, a sua mão