quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

deserto 1

meus olhos já não veem tua beleza
tua miragem, os camelos levaram-na
o oásis emaranhado de teus cabelos
não passou de um sonho, e acordei

parece longe tudo aquilo
tenho receio de sonhar
o cantil já está para secar

que podem as cantigas escuras
que se cantam ao luar?

quero a paz doce dos amigos
o barulho oco da madeira
o sabor doce e bom da tâmara
por hoje, só o caminho me verá

a curva não sei bem onde dará
tudo que tenho é a curva

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