sábado, 11 de fevereiro de 2012

deserto 2

camelos
as patas acolchoadas acariciam o chão de pedras do deserto
seu perfil entre panos
na linha do horizonte

tambores cortando a voz da noite
fogueiras

as fagulhas escalam o tronco da palmeira
e vão virar estrelas nas alturas

noite fria no deserto
ecoa o seco estalido de um tambor aquecido
cadeiras, ancas cobertas por tecidos
mistério

deito-me aos pés de um dos tambores
que me tome, que me leve
leve com o brilho de uma labareda

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